quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Para o Psicólogo, tudo é mutável!


De acordo com um recente artigo de opinião, em Portugal existem problemas de saúde que, afetam uma em cada cinco pessoas, apresentando um impacto profundo e prejudicial na vida pessoal, familiar e profissional. Estes problemas representam uma realidade portuguesa, estando associados a problemas de saúde mental. Portugal é o segundo País da Europa com maior prevalência deste tipo de problemas na população, problemas estes que são responsáveis por cerca de 40% dos anos vividos com incapacidade e níveis significativos de sofrimento pessoal e familiar. Este tipo de problemas, não só interfere com a capacidade para a realização de tarefas, como também interfere nas relações pessoais e nos tempos livres, limitando a pessoa a vários níveis. Para além de diminuir e prevenir o sofrimento, o investimento num serviço de acompanhamento psicológico pode poupar milhões de euros, produzindo respostas benéficas na vida da população a curto, médio e longo prazo.

É importante referir que, aquilo que para muitos é visto como uma doença e algo imutável, para o psicólogo, as perturbações mentais não são vistas como doenças, mas sim como hábitos de vida que foram adquiridos ao longo de todo o processo de desenvolvimento do individuo e, que são vistos como inadequados. Para o psicólogo não existem imutabilidades. 

De acordo com o relatório que cita o primeiro estudo epidemiológico nacional de saúde mental divulgado em 2013, as perturbações psicológicas afetam mais de 1/5 da população portuguesa. Com os valores mais altos de prevalência anual, destacam-se as perturbações de ansiedade e as perturbações depressivas. Muitas têm sido as notícias que fazem referência a estes dados.



“A saúde mental é tão importante como a saúde física para o bem-estar dos indivíduos, das sociedades e dos países. Grande é o número de pessoas afetadas por perturbações mentais, em que muitas das quais, não recebem qualquer tipo de tratamento. Embora os sintomas das perturbações mentais variem consideravelmente, tais comportamentos caracterizam-se por uma combinação de ideias, emoções, comportamentos e relacionamentos desarmonizados com outras pessoas. Os genes e o meio ambiente estão envolvidos numa série de complexas interações, sendo responsáveis pelo desenvolvimento e evolução das perturbações mentais”.

Fonte: The World Health Report

terça-feira, 13 de junho de 2017

Coração!

É o mundo em que acreditamos, que nos faz criar o mundo em que vivemos. De que nos adianta querer viver algo em que não acreditamos? 
Não é uma questão de "The secret", como descreve Rhonda Byrne em seu livro, no entanto, muitas das coisas que provavelmente já fizeram parte das nossas vidas, aconteceram porque acreditámos seriamente que estas eram possíveis, contrariamente a outras, que aconteceram e jamais queríamos acreditar que estavam a acontecer. 




São as tais músicas que a vida toca e que nós jamais queríamos ouvir tocar....os tais momentos que a vida comanda e que nós tudo faríamos para impedir. É por isso que em vez de desperdiçarmos os nossos minutos de vida com tudo e todos aqueles que por nós não o fariam, devemos pensar que um minuto não é apenas um minuto, mas são sim sessenta segundos!
Se me dessem a escolher entre anos de vida ou 5 minutos de vida de amor, não pensaria duas vezes. Porque são as recordações de amor que fazem a vida valer a pena! O que é pena.....e é triste.... é que o amor das pessoas se esteja a desvanecer de dia para dia em prol daquilo que nunca poderão levar para onde quer que possam ir. 

Amor que é amor permanece, independentemente do tempo desse amor. Já os materiais são apenas consumíveis e incomparáveis, e aquele que hoje é o mais desejado, amanhã já estará ultrapassado porque chegou um mais moderno ao mercado. E eu pergunto: "Como é que é possível as pessoas abdicarem de uma coisa em prol de outra completamente oposta e em que nada se complementam?!".... Há perguntas às quais nem sempre obtemos respostas, e esta, certamente será uma delas. São atentados ao que nos dá vida....ao coração!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Viver!!!

À medida que o tempo passa, não são apenas os lugares que mudam. Também as pessoas se modificam de acordo com esses lugares, e os seus valores estão muito aquém de serem imateriais. A maioria das pessoas vive num Mundo de materialismo, desprezando valores que nos acompanham, mas que cada vez mais, são vistos como apêndices, como algo que não faz parte integrante do "EU". 

São as casas, os plasmas, os carros, as roupas...Uma enorme percentagem do ser humano (salvo raras excepções) vive para este materialismo que parece contemplar apenas uma coisa chamada aparência. 



Há uns dias atrás conheci uma pessoa com uma aparência notável, bem vestida, bem maquilhada e penteada, dona de duas casas bem compostas (uma no campo e outra na praia) e com um belíssimo carro (bmw X6). Mais tarde vim a saber que essa pessoa tão bem aparentada que conheci, não tinha onde dormir. E eu pergunto: Mas afinal com que racionalidade vivem as pessoas? Como podem ser felizes quando não têm uma almofada digna de conforto?! 

Pois é, isto tudo para realçar o facto de que as pessoas vivem cada vez mais segundo a Lei do "bem parecer", ao invés de viverem por aquilo que são e que têm! Enquanto amarmos aquilo que não nos pertence, jamais iremos viver felizes com aquilo que amamos e que, por sua vez, nos pertence! Não são os plasmas, as casas ou os carros, que levamos desta vida. A lição não é essa. As lições não são essas. E parece que quando não são aprendidas, tendem a repetir-se. 

O que levamos desta vida são as aprendizagens; os sentimentos que nutrimos ao longo dela pelos demais que nos rodeiam; os valores imateriais! Valores esses que podem ser intemporais, caso sejam passados para a geração que nos prende! 

Sem Aconselhar digno-me a afirmar: Amem tudo aquilo que têm e não aquilo que gostariam de ter! Quanto muito, podemos sonhar com aquilo que um dia poderemos vir a alcançar! Mas diria mesmo que, deixar de amar o que se tem por aquilo que não se tem, é um atentado à própria Vida! É nas pequenas coisas que sentimos os enormes gestos de amor!



Texto de Rita de Carvalho 

sexta-feira, 2 de junho de 2017

"C" de Amar

Sejam eles quais forem, signifiquem o que significarem, a mais pura e verdadeira definição está na tradução das palavras pela dança dos corpos, pela forma como se encaixam, pela plenitude com que se complementam, porque afinal de contas o amor é isso mesmo, complemento, suporte e cumplicidade. 

De que adiantam as palavras quando os actos se contradizem? São apenas criadores de uma paradoxalidade entre quem diz e quem ouve. São apenas palavras soltas que quando pouco cimentadas são levadas pelo vento, porque nada tiveram para permanecer fixas no seu explendor....pouco ou nada se fixaram à magia do amor.



Amor....

Amar....

Implica dar e receber, não é apenas uma tentativa de se sentir que o outro recebe, mas sim uma certeza de que quem dá, também sente que lhe é dado. Amar, é criar, imaginar, querer, poder, partilhar, desejar, ter a certeza que não só somos complemento do outro, mas que tudo é superior a qualquer desavença ou conflito que possa trilhar o caminho de quem ama!

Amar...

É ter a certeza dos três C’s de Amar. É viver com na presença da “Cabeça; Corpo e Coração”, a fórmula do Amor.



Amem...
Amem muito!

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Quando a boca silencia, o Corpo Fala!

A dor é a primeira manifestação do corpo como resposta a algo que não está bem. É um sinal de alerta, procurando-se o alivio imediato da dor, através do uso de medicamentos, como forma de a atenuar ou mascarar. E cada dor tem a sua história, sendo mais fácil falar através da mesma, do que falar no sintoma que lhe possa estar associado. Hoje em dia toda a dor é tratável, e não há dor que dispense um tratamento. 

Nas pessoas que apresentam maior dificuldade em expressar as suas emoções, a dor parece ser mais intensa, havendo um bloqueio da expressão afetiva. Na maioria das vezes, as dores físicas que sentimos têm algum tipo de relação com as emoções. 



A mente e o corpo trabalham constantemente em conjunto. Como se se tratassem de um só! São inúmeras as dores que estão associadas a fatores de ansiedade. Estudos comprovaram que a dor crônica não é apenas resultado de uma lesão física, mas que pode ocorrer devido ao stress. Por exemplo, as dores de cabeça têm uma estreita relação com o stress constante e outros fatores emocionais, entre outras dores em que não são encontradas quaisquer causas orgânicas!

LEMBREM-SE: A dor é sempre um sinal de alerta. 

E quando a boca silencia, o corpo fala! Uma emoção negativa não falada, será uma dor a ser sentida!

É preciso intervir, e não mascarar, porque o que não está resolvido tende a repetir-se.

terça-feira, 9 de maio de 2017

A Psicoterapia - Um Caminho de Mudança

Nós humanos, nascemos, crescemos e vivemos numa imensidão de vinculos. Vinculos esses que dão sentido à nossa vida e que nos transformam pelas várias emoções que nos permitem sentir, sejam elas boas ou menos boas. 
Somos Seres de ambientes vinculares, desde a 1ª infância até à terceira idade. Ao longo de todo este processo, encontramos dificuldades vinculares que precisamos de esclarecer/resolver para que possamos continuar a nossa caminhada.

Precisamos de ter coragem para atravessar o tunel. O tunel da psicoterapia. Para se ver luz, é preciso ter coragem de nele entrar. De se arriscar. De se exporem emoções. De se tocar nas amarguras e nas inumeras acidez sentidas ao longo daquela que tem sido a nossa caminhada. Mas é preciso ir. Vale tudo menos ficar parado. Vale tudo menos desistir. Ao longo da passagem pelo tunel, reconhecem-se padrões de comportamento, atitudes, pensamentos e sentimentos. Tudo é e será questionável. E é com a questão que tudo começa!



É no espaço psicoterapeutico, através de uma relação saudável entre um profissional qualificado e éticamente comprometido que vai começar essa viagem. Pode ser demorada, mas tudo começa com o primeiro passo, e quanto mais se adiar, mais se prolongará tudo. Desde o sofrimento ao não saber viver.

É através do vinculo terapeutico que todo este processo se torna favorável. E todo este processo precisa de disponibilidade. Disponibilidade para se aceder a um Eu que pode estar desse lado a precisar de ajuda. Estará disponivel? Antes de iniciar qualquer processo terapêutico, é deveras importante sentir/perceber qual é a resposta a esta pergunta!

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Adolescência - Momento de Mudança!



Quando pensamos ou ouvimos falar sobre a Adolescência remete-nos a pensar no conceito que lhe está associado. 


Mas afinal, o que é isso da Adolescência? 


A adolescência deriva do termo adolescer, da origem latina <adolescere>, que etimologicamente significa crescimento, aplicando-se especificamente ao período de vida compreendido entre a puberdade e o desenvolvimento do corpo, podendo fixar-se entre os 13 e os 23 anos, e estender-se até aos 27. 


É um período em que ocorre um importante processo de transformação a nível anatómico, fisiológico, psicológico e social, sendo uma das fases mais importantes da vida do ser humano , e uma das fases mais difíceis de entender para os Pais destes adolescentes, que muitas vezes, criam obstáculos ao seu crescimento e níveis de compreensão rasteiros neste processo tão delicado que é a adolescência, fazendo com que os seus filhos adolescentes se refugiem noutros meios (normalmente na rua), devido à falta de compreensão que por eles é sentida dentro de casa.



Este é um momento em que o adolescente não sabe onde começa e não sabe onde acaba. Tudo o que é novo lhe parece estranho. É um turbilhão de emoções, conflitos, desequilíbrios e instabilidades extremas, e o conforto e a compreensão serão as suas melhores armas para que possa ultrapassar esta fase de extrema fragilidade. Considera que o seu filho pensa que sabe tudo e não aceita uma opinião? Não reaja de forma impulsiva, porque esse é o maior desafio do seu filho. Ele só o desafiará se você, como pai, o desafiar pela imposição. Ele precisa de aprender a escolher, sem que a escolha seja sua. Deixe-o “livre”, sem contudo, o perder de vista. Abra o seu coração, para que ele abra o dele também.


É um momento em que ele vive uma enorme turbulência derivada de todo o processo transformacional que suscita conflitos que até há tão pouco tempo dependiam dos pais, mas agora ele não tem noção de onde começa e de onde termina o seu próprio corpo. O jovem passa agora por um período evolutivo de um estado de dependência para uma condição de autonomia pessoal e de uma condição de necessidade de controlo externo para o autocontrolo. O mundo do jovem transforma-se e a crescente autonomia abre as portas para uma imensa diversidade de escolhas e decisões.


Quando se fala em Adolescência, fala-se sobretudo na criação de um novo universo objetal, relacional, identitário e identificatório. Universo marcado por transformações na relação entre o Eu e o(s) outro(s), vividas com grande turbulência e que impõem um processo criativo e uma relação de ligação e de comunicação entre o interno e o externo, entre o conhecido e o desconhecido, entre o desejado e o temido.


“Tudo é novo e fugaz: o mundo, os pais, ele próprio”. O adolescente procura um sentido e um nome para a vida que efemeramente parece ter saído do seu controlo. Muitas vezes a adolescência não permite apenas as vivencias que lhe estão inerentes, mas pode ser vista como uma possibilidade de solucionar os conflitos da infância. Antes de ser adolescente o jovem foi uma criança, e toda a sua história faz história, faz vida e será responsável pelo processo de criação do seu verdadeiro EU.


Antes de mais nada, a imagem que os adolescentes nos dão é o reflexo do mundo dos adultos com quem vivem, é importante que nunca se esqueçam disto. O adolescente vive numa dialética que por vezes é sentida como insuportável. Querer crescer e querer regressar; Depender e autonomizar-se; fazer o luto da bissexualidade infantil e o despertar da heterossexualidade adulta.




Retenha apenas uma coisa: um equilíbrio estável neste período seria anormal.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Um Tema de Coragem - Luto!

Este é sem dúvida, um tema deveras delicado. Um tema pouco procurado e desejado pelos leitores que, por ele, possam estar mais carecidos. Na verdade, ninguém procura o desejo de entender um tema que, de um segundo para o outro, passou a ser um tema integrante da própria vida. O luto. A perda. Temas de coragem, que exigem uma enorme e inimaginável luta interior. Não apenas para a sua possível interiorização, mas sobretudo para tudo aquilo que estes temas acarretam física, psíquica e emocionalmente. Seria tão fácil dizer o quão importantes são as palavras dos demais significativos durante o período de uma perda. Mas será que uma perda pode ser considerada apenas como um período ou uma fase?! Uma passagem da vida?! Para alguns pode ser apenas isso, uma perda. Já para outros, pode marcar o inicio de uma perda infindável, onde os pés parecem não conseguir voltar a sentir o chão. Aquele que era o chão de todos os dias.

Voltando às palavras, estas não deixam de perder significado, no entanto, a partir “daqui” tudo parece ser questionável. “Quantas vezes serão essas palavras sentidas como verdadeiras? Inicialmente, associadas ao momento de extrema fragilidade, podem parece-lo, de todo, mas quando se começa a acordar do pesadelo para a realidade, também outras “imagens”, começam a ficar mais nítidas. Para o enlutado, ou seja, para aquele que perdeu o objeto amado (alguém muito próximo), todo o chão parece ficar instável, assim como as palavras parecem apenas isso. Palavras. E quantas palavras serão precisas para confortarem com a mesma intensidade que um olhar? Será que ainda existem pessoas que consigam olhar e ver ao mesmo tempo? Acredito que sim, no entanto, também acredito que sejam poucas, muito poucas. Olhar….parece fácil. Olhar….todos olham. Mas para ver, é preciso ir muito mais além do que, simplesmente olhar. É preciso ter alma para sentir a alma do outro. É preciso ter tempo para confortar o outro, mais que não seja, apenas com um olhar de quem vê. Um olhar pode dizer muito mais do que um “entendo a tua dor, mas não serão as minhas palavras que te irão trazer de volta aquele alguém tão significativo que possas ter perdido e, por isso, estou apenas a transmitir-te que estou aqui, disponível, para ouvir aquilo que possas querer ou não dizer, sem que tenha de ser eu a questionar-te. Aliás, não te quero questionar, porque não quero invadir o teu espaço neste momento em que sei que precisas dele, mas quando regressares, estarei aqui”. Um olhar de quem vê; um abraço de quem sente; podem dizer isto e muito mais, e num momento de perda, a pessoa enlutada, sentirá e absorverá certamente estas “palavras” que foram, “ditas” intensamente. Há que respeitar a dor do outro, sem se ser intrusivo, por um lado, e desprezível, por outro. Há que marcar de uma forma sentida, com um verdadeiro “estou aqui”.

A perda de alguém significativo, é das experiencias mais dolorosas para o Ser humano, e nada nem ninguém, poderá proporcionar o conforto desejado, porque só o regresso da pessoa perdida, poderia suprimir esse desconforto. Como tal, o luto caracteriza-se por sentimentos de melancolia e de desorganização, até que o enlutado consiga iniciar a elaboração desta perda (e elaboração, ou seja, fazer o luto, não significa resolução para a perda, porque não existem poções mágicas para uma dor que jamais se apagará de partilhas, da memória e do coração de quem perdeu, mas existem maneiras de se voltar a “viver”, reorganizando a própria vida).

Por norma, alheias a factos e a experiências desta natureza, comummente, as pessoas questionam o enlutado acerca do momento em que ocorreu a perda, considerando muitas vezes que, “afinal já passou um ano, ou dois, ou dez, e que desta forma, já fez a elaboração do luto”. Para os que surgem apenas em redor deste tipo de acontecimentos, tudo parece mais fácil, ou talvez considerem que uma pessoa normal e sádia, deva superar a perda na sua totalidade e de forma “rápida” (aproximadamente 6 meses). Mas na verdade, existem perdas e perdas. Por muito que a dor possa atenuar, jamais desaparecerá. A dor da perda é uma dor interna, é uma rutura que, nem sempre é visível a todos. Daí a importância do olhar, vendo quem se olha. Porque sorrir nem sempre significa estar bem, mas para muitas pessoas, se se sorri, é porque o vazio da perda já foi encoberto com uma outra “vida”, e passo a expressão, mas “más línguas”, não conseguem pensar de outra forma. Para quem apenas olha, tudo parece fácil. Olhar não é Ver. Mas olhar e ver o outro, é ter compaixão. E compaixão pelo outro, não é ter pena….é ter “com paixão”, oferecendo ao outro o que de melhor reside dentro de cada um. Pena? Coitado? Porquê? Um julgamento deveras insensível. Coitado porque a vida lhe foi injusta? Pena porque perdeu alguém que lhe era significativo? Então todos os seres humanos seriam um motivo “de pena”, porque já todos perderam algo ou alguma coisa na vida (de diversas maneiras, acarretando diferentes sentimentos). Se estes fossem justos pensamentos, então todas aquelas pessoas que falam alheias aos sentimentos e sofrimento dos outros, deveriam ser julgadas como coitadas? Claro que não é assim. Mas infelizmente, nos dias que correm, é assim que muitas pessoas olham para a vida, sem que sejam capazes de sentir minimamente a dor do outro (ou pelo menos tentar imaginar, colocando-se no lugar do outro), não percebendo que o outro não precisa que tenham pena, mas sim, de pessoas em seu redor que vivam “com paixão”.

Todos Nós, enquanto Seres Humanos, fomos, somos e sempre seremos insubstituíveis. Cada Ser ocupa um lugar único no Mundo e na vida de cada um. E só ao próprio, compete o direito e o dever de julgar a própria vida.



Antes de se Ser Pai ou Mãe, é-Se Homem ou Mulher e, por detrás de um bom Homem ou de uma boa Mulher, esteve certamente um bom filho(a), e estará certamente um bom Pai ou Mãe. Esse é, sem dúvida, o maior e o melhor sentimento que um filho poderá levar consigo, se a vida se encarregar de traçar uma batalha de guerra antecipada e invertida, originando uma posterior união para os que nela permanecem com dor. Tudo o que é material, vem e vai, vai e volta, ou pode até não voltar. Contrariamente, à experiencia e à partilha que, ficará para sempre na memória e no coração de quem amou. Isso sim, é o que se leva desta vida. E por mais que se possa perder quem se ama, o amor, esse, nunca acaba. O amor é eterno. Assim como a dor atenuada, mas nunca esquecida. Para a morte, não existem culpados, a única culpada é a vida. Nem mesmo aquele que privou o seu ser amado de uma relação calorosa intima, proporcionando momentos de angustia; carência de amor; culpa ou depressão, dificultando assim o ajustamento social, se deve sentir culpado ou culpar alguém (por mais que, inconsciente, o possa vir a fazer). Ninguém merece carregar uma bagagem de culpa, que pesa todos os dias, perante algo que até hoje, por maior que seja a injustiça vivida, nunca pôde ser contornada. Nenhum Pai, nenhuma Mãe, se devem culpabilizar por uma perda, quando ambos sabem e sentem, conscientemente, que o amor foi sempre um ato vivido e sentido por ambas as partes.
Apesar de todas as lamentações que possam existir (quer seja o fim de um relacionamento ou a perda de um emprego), não só existe um fim para tudo isto, como existe um fim para todas as pessoas amadas, mas nunca para o amor. A lamentação da perda está sempre associada a uma série de fatores. Nem todas as pessoas sentem uma perda da mesma forma. A idade da pessoa; as circunstâncias da perda; a idade de quem perde; entre outros, tudo isso facilita ou dificulta o processo da elaboração do luto. E a dor, deve ser considerada como um processo e não como um estado. Um processo pode ser evolutivo, e será certamente mais evolutivo, se contar com o apoio de todos aqueles que são significativos, assim como com a ajuda de profissionais de saúde mental. Nunca é tarde para pedir ajuda. E pedir ajuda, não significa ter de abdicar daqueles sentimentos que, fazem com que o enlutado, viva e reviva momentos que o façam sentir a presença de quem perdeu, se isso for condição para que continue a viver. Pedir ajuda, significa aprender a lidar melhor com uma dor que, por vezes, parece ser sentida como mais insuportável e corrosiva. Um profissional de saúde mental, jamais o questionará por mera curiosidade, contrariamente a algumas pessoas que até possam parecer próximas mas que, no fundo, se alimentam de falta de tempo para os outros, alimentando apenas o seu Eu pela curiosidade, pelo julgamento e por tantos porquê’s sem olhares de quem vê. É caso para dizer, são palavras a mais para tão pouca “ visão”.
 

Nem tudo na vida tem solução, mas existe sempre uma opção. Continuar a ter vida, sem deixar de sentir a outra vida, como se ela, fosse para sempre sumida. Por vezes, faz-se necessário ir à guerra, para se perceber o verdadeiro guerreiro que se é. Nunca é tarde para se SER o que sempre se foi.

Texto da Autoria de: Rita de Carvalho | Psicóloga Clínica e da Saúde 

quarta-feira, 29 de março de 2017

Mudança VS Rotina

Nem sempre será fácil falar em mudança. 

Afinal de contas, a mesma acarreta uma série de alterações psicológicas, emocionais e, até mesmo físicas. Antes de se pensar em mudança, é preciso reconhecer a sua necessidade! É preciso aceitar que existem coisas que precisam de ser diferentes! É preciso haver disponibilidade psicológica e emocional para as mudanças que se avizinham, depois de se aceitar essa mesma necessidade.

 Associado à mudança está e estará sempre o medo de mudar. É por isso que tantas e tantas pessoas preferem continuar confortavelmente onde estão, com receio de alterar aquela que é a sua rotina, não saíndo assim, daquela que é a sua zona de conforto. É preciso correr riscos. Não é fácil, mas são riscos que se fazem necessários. Para se ser original, é preciso assumir a mudança, caso contrário, será-se plágio por toda a vida, havendo limitações ao nivel do comportamento. Repetindo-o de igual forma, dia após dia. Tudo igual. Tudo monótono. Tudo mais fácil. Tudo mais aborrecido. São as pequenas mudanças que levam a grandes transformações, mas até para essas pequenas mudanças, é preciso estar-se preparado psicologicamente, porque depois, existe o tempo em que se idealizou, por vezes, demasiado tempo, e quanto mais tempo passou para se mudar, maiores serão essas idealizações que podem levam a diversas frustrações por se estar tão distante do que afinal, é o real. 

Por isso, quando pensar em mudar, pense que se pensou não foi por tudo estar bem. Se já colocou essa hipótese, não foi por acaso. Se estivesse bem com a sua rotina, não pensaria sequer nessa mudança! 

Seja apenas aquilo que quer ver no mundo, e não aquilo que os outros gostariam de ver em si!

quarta-feira, 22 de março de 2017

As Palavras, o Mel e o Ferrão

Muitas são as palavras proferidas que ultrapassam o expoente do mel. O expoente da doçura. Muitas são as palavras que são ditas só para tirarem o lugar do silêncio, quando na verdade, o silêncio seria o melhor lugar para as palavras. Lugar esse que deixa de ser ocupado pelo mel, dando lugar ao ferrão. Um ferrão que pode ferir. 
Muitas são as formas de se usarem as palavras, sem que o ferrão fique cravado. Mas cravado ou não, as marcas ficam sempre. Mais que não seja na memória. Na memória de quem ouve. Na memória de quem sente. Na memória de quem esperava encontrar somente a doçura do mel. 
Tal como uma flecha, a palavra não volta atrás. Depois de ser dita, já teve um interlocutor que a ouviu, e um coração que a sentiu. As palavras só devem ser desmedidas na medida em que levam o outro ao expoente máximo de conforto. Mesmo que as palavras não confortem, importa sobretudo a forma como são ditas. 



A forma por si só, já será um conforto. É por isso que quando a abelha ferra, ela própria morre. Assim se morre por dentro, lentamente, quando não se é suficientemente doce. Quando não se alimenta a própria natureza e tudo aquilo que a rodeia. Que as palavras sejam repletas de mel, e de poucos ferrões, para que a vida, assim o seja. 
Doce!

segunda-feira, 20 de março de 2017

Psicologia Online

Para mais informações sobre a orientação psicológica on-line, aceda ao separador do menu correspondente ou envie e-mail para: Ritadecarvalho.psi@gmail.com.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Gotas de Canela




Todo o ser humano, em algum momento da sua vida, acaba por viver e se envolver em momentos que, na verdade, são vividos de forma ilusória.
Momentos que são apenas fruto dos seus desejos e da sua imaginação. Dando asas ao que não se tem mas que gostaria de se ter tido; reflectindo os pensamentos que não se pensam mas que gostaria de se ter pensado; ouvindo o que não se ouve mas que gostaria de se ter ouvido; estando com quem não  se está mas que gostaria de se ter estado; sonhando o que não se sonha mas que gostaria de se ter sonhado. Tanta fantasia por detrás de uma realidade tão distante.
Porque teimar em não dizer o que tanto se quer dizer?
Porque teimar em não viver o que tanto se quer viver?
Muitas palavras e pouca coragem, fazem com o que o ser Humano fique preso àquelas que são meramente as suas fantasias, ideias e ideais, impedindo-o de viver a vida de forma autêntica, dificultando aquele que pode ser o seu caminho para a felicidade. 




Porque fechar as portas da imaginação ao concreto da vida?
Quando só através do concreto é que se poderão obter as respostas às perguntas tantas e tantas vezes colocadas pelo ser humano, mas que por falta de coragem, tardam em chegar. Na vida, nada acontece por acaso, mas para o acaso, também é preciso ter coragem.
Coragem de viver.
Coragem de ser autêntico. Para que a vida não passe em branco e as pessoas não vivam a fantasiar com gotas de canela.
As gotas são ilusórias.
O importante está no conteúdo. Muitas vezes, grandes são os sonhos que construímos em cima de pessoas que vivem de gotas de canela. Para se viver uma vida autêntica, há que ser autêntico. Há que ter conteúdo.

Ainda assim... É suposto contentarmo-nos com pouco?

terça-feira, 14 de março de 2017

Estrada de Chocolate


Apesar de existirem alguns alimentos capazes de estimular algumas funções cognitivas, por si só não serão suficientes, mas podem ser um ótima ajuda para mudar velhos hábitos.

Sendo o chocolate capaz de estimular a concentração e consequentemente, a atenção, será uma mais valia para mudarmos aqueles velhos hábitos dos quais já nos tentámos libertar inúmeras vezes mas, sem sucesso. E porquê? Porque as rotinas são possíveis de mudar, mas exigem algum esforço e sobretudo muita atenção. Só conseguiremos alterar um hábito ou uma rotina do dia a dia, se estimularmos fortemente a nossa atenção.


Todas as manhãs, acordamos, tomamos o pequeno-almoço e de seguida tomamos um banho relaxante, mas na verdade, queremos mesmo é acordar e dar uma corrida pelo parque. Para isso, temos de estimular a nossa atenção até conseguirmos substituir a velha rotina por esse novo hábito, e em média, só passados 60 dias é que o nosso cérebro será capaz de automatizar essa informação, sem que tenhamos de pensar no que iremos fazer após ouvirmos o toque do despertador. Até porque tudo aquilo que fazemos no dia-a-dia já está automatizado, não temos de estar a pensar no destino de cada passo que damos até sairmos de casa, mas para mudarmos o destino desses passos, precisaremos de estimular a nossa atenção ao máximo!!!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Alimentos que ajudam a Combater a Depressão

São vários os alimentos que podem ajudar o cérebro a produzir mais serotonina, sendo este um neurotransmissor responsável por estados de humor positivos.


Estes são alimentos amigos da pessoa com depressão, no entanto não substituem o acompanhamento psicoterapêutico, mas serão certamente um ótimo complemento capaz de produzir no cérebro, uma sensação de bem-estar.

Nozes - 5 a 6 por dia




Leite - 2 a 3 copos por dia




Melancia e Banana 
Frutas extremamente ricas em triptofano, um aminoácido que ajuda na produção de serotonina.
4 Peças de Fruta por Dia!



Laranja 
Previne muitos dos sintomas que estão associados à depressão. Pode ser vista mais como uma fruta de prevenção 😁



Mel 
É ótimo para estimular a produção de serotonina. 1 Colher (sopa) por dia é suficiente.




Ovos
Devido às suas propriedades vitamínicas do complexo B, eles colaboram com o bom humor. Um ovo por dia (desde que não seja frito).





Cereais integrais como o trigo e o arroz integral ajudam o organismo a absorver o triptofano que, por sua vez, estimula a produção de serotonina. É importante ter uma alimentação rica em carboidratos.

Estes são apenas alguns dos inúmeros alimentos que se podem incluir numa alimentação amiga do nosso cérebro!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O Poder da Música



A música também é uma excelente aliada para o nosso cérebro. Diria mesmo que, é uma ótima amiga, sobretudo naqueles momentos em que a introspecção se faz necessária e que o ruído e as vozes de pessoas se tornam algo indesejável naquele momento. 

Existem momentos em que estar só se faz necessário...não é estar solitário, mas sim estar apenas só e deixar-se envolver pelas ondas sonoras que a música é capaz de produzir no nosso cérebro a fim de o satisfazer, relaxar e sobretudo viajar para locais onde só e apenas a música é capaz de nos transportar.

As músicas mais harmoniosas são capazes de fomentar um novo sistema de comunicação, com base em mais perceções e menos significados. Pesquisas recentes mostram que a música conduz a certas emoções de forma consistente e persistente. As emoções que sentimos ao ouvir uma determinada música, são similares às emoções que outras pessoas sentem, porque a activação cerebral é semelhante. 

O cérebro é responsável pela nossa percepção do Mundo, e a música é capaz de trilhar caminhos unicos através dele, é por isso que tantas e tantas vezes, temos a capacidade de relacionar determinadas músicas com determinados momentos.





Para além de ativar determinadas regiões do cérebro, a música promove a criatividade e o poder de concentração.


Aqui fica uma ótima sugestão: John Legend!

O Cérebro e o Chocolate



Para além de estimular o fluxo sanguíneo do cérebro, o chocolate também apresenta uma relação direta com a inteligência, mais concretamente, com o seu quoficiente. 
Lembro-me, em véspera de exames, tantas eram as longas noites de estudo em que sentia que precisava de algo que me saciasse, que me fizesse atingir o pico máximo de concentração. Desde batatas fritas, a bolachas e amendoins, só o chocolate é que tinha o poder de me saciar minimamente. Só com o poder dos flavonoides (como é o caso do chocolate) é que havia estimulo das funções cerebrais.


E por incrível que pareça, o chocolate também apresenta uma relação direta com o nosso quoficiente de inteligência. Uma pessoa com um nível de QI mais elevado, apresenta uma necessidade mais reduzida do consumo de chocolate do que uma pessoa com um nível de QI inferior, porque o gasto de energia da pessoa com um QI inferior, também é mais elevado, logo, a pessoa tem de compensar o cérebro com uma quantidade mais elevada de flavonoides. 
E é verdade, o nosso cérebro também gosta de chocolate, q.b. _:)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O Café e o Lado Social

Para além das suas propriedades benéficas, o café é ótimo para fomentar as relações sociais, surgindo sempre como um pretexto para um convite, para um encontro, para uma saída, para um "olá como estás". . .

Assim como o café é capaz de promover uma sensação de bem-estar no indivíduo, também as relações sociais são um dos melhores antídotos para a tristeza, sobretudo quando a vida se encontra de mó para baixo. Mas cuidado, porque o café ainda se consegue beber amargo, mas as relações sociais que causam amargura, já não devem ser bebidas da mesma forma. Devem ser questionadas. Devem ser pensadas. E repensadas...Devem valer a pena. Devem ser autênticas. Porque só assim poderão trazer um dos mesmos benefícios do café. O bem-estar psicológico. É caso para dizer, mais vale só com um café, do que mal acompanhado. 

Para mau-estar e amargura, já são suficientes as adversidades da vida com que o Ser humano se depara, mas que não são fruto daquelas que foram as suas decisões, mas sim, fruto do próprio acaso, e essas são as únicas que o individuo não pode controlar. Já as outras situações, se o individuo as vive e as sente, é por opção própria, é porque talvez ainda não tenha chegado aquele momento em que ele próprio, irá repensar essa rotina carente de alguma doçura.






P.S. Café, relações sociais positivas e um sorriso....Porque não?!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O Café e o Cérebro

Para além de contribuir para o estado de alerta no indivíduo, o café é um estimulante da concentração e da atenção, no entanto, é importante referir que, o café pode não atuar isoladamente. 


Tendo em conta que a duração da cafeína dura em média 3 horas (excepto no caso das grávidas, que os efeitos da cafeína podem-se prolongar até 6 horas), e tendo em conta que a forma como pensamos influencia não apenas a forma como nos comportamentos mas sobretudo aquilo em que acreditamos, se pensarmos persistentemente que o café que bebemos às 15horas nos tirou o sono (às 22 horas, por exemplo) é possível que tenhamos alguma dificuldade em adormecer. É por isso que quando estamos demasiadamente cansados e o fator pensamento já é algo que não nos assiste, nem nos chegamos a lembrar do tal café que bebemos às 15horas e, como tal, devido ao factor cansaço, não vamos enviar mensagem alguma ao nosso cérebro de forma a que ele entre em estado de alerta.




É uma espécie de efeito placebo, em que o individuo consegue prolongar o efeito de algo quando, na verdade, esse efeito era muito mais reduzido do que ele pensava.


Por vezes, vale a pena ser-se mais distraído.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A Depressão. Uma Ilustração.

Um vídeo que ilustra um pouco daquilo que é a depressão.

Para muitos, a depressão ainda é algo que pode ser controlado e ainda há quem a confunda com a tristeza. No entanto, a depressão não é um estado que permanece só porque a pessoa quer, é muito mais do que isso!


No entanto, deve ser vista como um estado porque é algo que vai passar. Não é algo que veio para ficar. De todo! Mas para isso, vamos aceitar tratar da depressão antes que ela trate de nós, pode ser?

Vejam o vídeo!




Anatomia de um Psicólogo


O Psicólogo, antes de o ser, tem de Ser.
Ser tudo aquilo tudo aquilo em que se transformou através daquelas que foram as suas experiências de vida.
Mas....
Saber Ser não é para todos.
A psicologia é uma arte! Saber ouvir, saber guardar segredos; saber olhar e ver; saber dar lenços sem ter uma lágrima a derramar; saber desenrolar o fio de lã mais entrelaçado....tudo isto é de um artista! E existem poucos!

Permita-se a chamar um Psicólogo de Seu!

Porque devo procurar um Psicólogo?

Atualmente, ainda são muitas as opiniões relativamente ao trabalho do profissional de saúde mental, o Psicólogo.
Lamentavelmente,ainda há quem considere que só vai ao Psicólogo quem possa estar louco. Completamente errado! Na verdade, todas as pessoas deviam poder chamar um Psicólogo de "Seu", seria o inicio da sensibilização para a importância da Saúde mental, que não é menos importante que a Saúde, em geral. 


É importante que as pessoas percebam que para o seu bem-estar, é preciso estarem equilibradas a nível emocional, e começar a aprender a lidar com aquelas que são as adversidades da vida, evitando sobrecarregar amigos e familiares, pode ser o principio de um longo caminho. Mas não interessa.O que interessa é que já se está a caminho. E o caminho, esse....faz-se caminhando.
 Na verdade, o Psicólogo dá as coordenadas, e cabe ao paciente saber usá-las. O Psicólogo não é mágico, mas pode ajudar quem quer ser ajudado!

A Outra Metade da Laranja







São muitas as vezes em que as pessoas se deparam com irrealidades reversíveis, considerando-as, realidades irreversíveis, o que dificulta e atrapalha o processo de resolução.
Anseando encontrar a outra metade da laranja,as pessoas focam-se demasiado no que é objetivo, e muitas vezes, esquecem-se da parte que faz a laranja valer a pena. 


O que seria da laranja sem a vitamina C que tanto nos enriquece de forma saudável? Ninguém pode ser uma verdadeira metade, sem antes ter sido uma laranja inteira. Só depois de todo este processo é que a pessoa poderá perceber qual é o seu verdadeiro complemento, e não suplemento. As pessoas devem viver de complementos para que se possam completar umas às outras, ao invés de viverem de suplementos, de extras ou de coisas supérfluas. Na verdade, os complementos são aqueles que fazem crescer aquilo que pode unir as duas metades da laranja, e que fazem a laranja valer a pena.

Ser Feliz é o Melhor Afrodisiaco


Para se temperar a vida com um bom afrodisíaco, há que saber escolher os ingredientes certos. Todas as nossas ações têm prós e contras, no entanto, há que saber avaliar se o que vale a pena é superior ao que devemos ignorar. Na vida, muitas são as formas para se aprender a ser feliz. Muitas são as opiniões relativamente a algo que todos questionam, porque todos gostariam de ser...Felizes. Mas muitas vezes, maior é a preocupação com a felicidade do outro. Ou talvez deva dizer, com a infelicidade. Como se isso fizesse parte de um desejo. O de ver o outro infeliz. Essas serão sem dúvida, aquelas pessoas que pouco ou nada irão levar desta vida, porque os carros, as casas e as televisões, ficarão cá todas, o que se leva desta vida são momentos. Momentos de gratidão, de compaixão, de amor, de afetos. Pouco felizes serão aqueles que irão viver em prol da vida dos outros. Chegarão ao fim da vida e questionados com o que aprenderam, irão responder que da própria vida pouco sabem, e com as experiências dos outros, nada puderam reter e aprender.



Por isso, sejam Felizes e não deixem nada por dizer, até porque:


"Ser feliz é o melhor afrodisíaco que existe"

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Qual a Função do Psicólogo?

Ainda é um dos temas mais debatidos em torno da Psicologia. Para muitos, um tema que ainda acarreta imensas dúvidas, com uma enorme vontade de se submeterem, mas onde os medos ainda vencem. Solução: questionar o Psicólogo; conversas com pessoas que já possam chamar um de "seu"; mas jamais, ficar com dúvidas que impeçam a pessoa de fazer caminho que, por sinal, pode ser o caminho certo. Para muitos outros, o Psicólogo já é um estilo de vida, uma necessidade, um "desafogar" de angustias e de incertezas, tantas vezes sentidas e tantas vezes, desoxigenadas.

Permitam-se: